GRUPOS DE CÃES

GRUPOS DE CÃES

Os Cães de Assistência são divididos basicamente em três grupos: Os Cães-Guia, muito conhecidos no Brasil, que ajudam pessoas com deficiência visual, os Cães-Ouvintes, que auxiliam pessoas com deficiência auditiva e os Cães de Serviço, que auxiliam pessoas com outras necessidades.

Para treinar um Cão de Serviço o caminho é longo, mas muito prazeroso tanto para nós quanto para os cães, afinal utilizamos técnicas modernas de aprendizado com base no reforço positivo. Ou seja, fazemos com que o cão tenha vontade e prazer em colaborar ainda mais, afinal de contas, estamos lidando com um ser vivo que possui sentimentos e um amor incondicional por nós, não é mesmo?

O tempo de treinamento é de, em média, dois anos e dividido por etapas. A primeira delas acontece antes mesmo do cão nascer, que passa por uma seleção genética criteriosa e depois que nasce, passa por avaliações de aptidão e comportamento durante todo o tempo em que ainda está com sua mãe.

Escolhido o filhote, ele vai para a segunda etapa, que é com a Família Socializadora, responsável por socializar e treinar comandos de obediência em seu primeiro ano de vida. Na terceira etapa, o cão vai para a sede da Cão Inclusão e inicia o Treinamento Específico, onde aprende comandos específicos para se tornar um Cão de Serviço para Cadeirante ou para Criança Autista, esta etapa dura em média 6 a 8 meses.

Após todo este processo, o cão vai para a última etapa do treinamento, que é a formação da dupla, que dura em média dois meses e é onde o cão passa por treinos ainda mais específicos destinados à rotina da pessoa que irá assistir, que aprende a conviver com seu novo parceiro de vida.

Como parte do nosso sonho, este Cão de Serviço é entregue sem custo algum, que também receberá acompanhamento vitalício com visitas trimestrais durante todo o tempo de trabalho do cão que dura em torno de seis a oito anos. O cão sempre será da Cão Inclusão, e por isso nós nos responsabilizamos pelo seu bem-estar e inclusive pela sua aposentadoria saudável.

Cães-guia

É difícil entender o que uma pessoa com deficiência visual sente. Podemos fechar nossos olhos por minutos e tentar imaginar como seria, mas quando os primeiros obstáculos aparecem, logo abrimos os olhos e tudo se resolve. As pessoas com deficiência visual aprendem a enxergar o mundo de outra forma, sentem o vento e os cheiros nos mínimos detalhes e passam a ouvir sons quase que imperceptíveis. E, para essas pessoas, o cão pode ser um aliado muito especial, trazendo uma melhor mobilidade, segurança e independência.

O cão-guia é treinado para obedecer comandos, andar em linha reta, ignorar distrações como cheiros, outros animais e pessoas, manter ritmo constante, virar à esquerda e à direita, seguir em frente e parar sob comando. Eles reconhecem e evitam obstáculos que coloquem em risco a pessoa, como degraus na calçada, buracos e placas. Os cães param na parte inferior e superior das escadas até ter permissão para prosseguir e ficam deitados em silêncio enquanto a pessoa está sentada.

Estes cães são treinados inclusive a desobedecer um comando. Pois é. Esta habilidade chama-se “desobediência inteligente”, por exemplo: quando o cão-guia chega ao meio-fio, ele pára, sinalizando que há uma faixa de pedestre, e espera o comando “seguir em frente” para atravessar; caso o comando seja dado e o cão observa os carros se aproximando, ele desobedece até que os carros parem e a pessoa possa atravessar com segurança.

O cão-guia e a pessoa com deficiência trabalham juntos, em parceria. A pessoa “dirige” o cão seguindo seu mapa mental, afinal, ao contrário do que muitos pensam, o cão-guia não é um GPS e, durante o percurso, a função dele é oferecer segurança, confiança e companheirismo. É um belo trabalho em equipe, né?

Estes cães aprendem muito rápido e, em pouco tempo, a dupla passa a agir como um só. É comum os usuários de cão-guia se referirem aos seus cães como “alma gêmea”, tamanha a ligação desenvolvida entre eles. O tempo de trabalho desses cães é, em média, de seis a oito anos.

As pessoas com deficiência visual têm direitos iguais às outras e toda a sociedade tem o dever de respeitar o seu direito de ir e vir. Por isso, aqui no Brasil os cães-guia são autorizados por lei a irem a qualquer lugar público, como transportes, restaurantes, centros comerciais, cinemas, entre outros.

Cães ouvintes

Já pensou como seria se você não percebesse que está recebendo uma ligação importante, ou que está correndo risco de vida porque o alarme de incêndio tocou e você não ouviu?

Cães-ouvintes são treinados para alertar sons importantes como campainha, telefone, chaleira, o choro de um bebê ou chamado de alguém. Esses cães fazem contato físico e levam seus parceiros com deficiência auditiva até a fonte do som.

Normalmente são de porte pequeno ou médio e de diversas raças. Inclusive vira-latas podem ser ótimos cães-ouvintes.

Eles também podem trabalhar fora de casa, aumentando a empregabilidade e proporcionando maior liberdade e independência às pessoas com deficiência.

Quando saem de casa, os cães-ouvintes fornecem mais consciência do ambiente para a pessoa, que observa a linguagem corporal do cão, e até  a posição das orelhas, que funcionam como “radares” e indicam de onde vêm os sons.

O cão-ouvinte, além de ajudar nas funções práticas do dia a dia, é uma grande companhia. Com muito amor, carinho e parceria, ele aumenta a autoconfiança e autoestima da pessoa com deficiência auditiva, trazendo segurança, melhorando a interação social e reduzindo o stress.

É ou não é um jeito incrível de promover qualidade de vida e bem-estar?

Cães de serviço

Os cães de serviço são divididos em grupos, cada um com suas particularidades, mas todos igualmente especiais e importantes. Existem os cães treinados para auxiliar autistas, para diabéticos, de alerta e de mobilidade.

Pelo cheiro que a pessoa exala, os cães para diabéticos são capazes de avisar quando há grandes variações do índice glicêmico. Os cães de alerta, por sua vez, chamam quem estiver por perto quando a pessoa tiver uma crise de alergia ou epilepsia. E os cães para mobilidade, como é o caso dos cães para cadeirantes –  que são o foco principal da Cão Inclusão – auxiliam na mobilidade e no cotidiano.

Os cães para autistas aprendem a deitar no chão, impedindo que uma criança saia correndo e fuja em locais abertos (comportamento muito comum dentro do espectro), permitindo que os passeios em família sejam bem mais tranquilos. Eles aprendem também a interromper comportamentos de oposição durante crises e a fazer pressão corporal, especialmente durante as horas de sono da criança, auxiliando nesse processo, que às vezes é tão difícil para os pais.

Os cães de serviço para cadeirante são treinados para ajudar em tarefas como abrir e fechar portas, chamar o elevador, trazer o telefone, o cobertor e outros objetos. Eles também são aptos a chamar alguém da casa para ajudar em situações de emergência. Todo o treinamento é personalizado e planejado, de acordo com as necessidades e a rotina da pessoa que será assistida. E o tempo de trabalho desses cães é, em média, de seis a oito anos. Com o tempo, o cão se torna cada vez mais útil na hora em que o cadeirante precisa realizar algo que seria desafiador sozinho. Que linda parceria né?

Vale ressaltar que a formação de uma dupla bem-sucedida é feita a partir das características individuais do cão de serviço, como seu temperamento, comportamento e nível de energia. Com base nessas avaliações, a pessoa é escolhida, considerando também sua rotina, seu nível de atividade e independência.

No Brasil, esta categoria de cães de assistência ainda não é muito conhecida. E, infelizmente, não há leis que garantam a permanência deles em locais públicos, como ocorre com o cão-guia. Uma regulamentação nesse sentido seria super valiosa, considerando a inclusão social que esses cães proporcionam à pessoa de mobilidade.

Acreditamos que é possível mudar esse cenário, trazendo luz à causa e mais informações à sociedade sobre os benefícios da presença de cães de serviço em espaços públicos, como transporte, cinemas, escolas, restaurantes, centros comerciais, entre outros.

PRECISO DE UM CÃO DE SERVIÇO

PRECISO DE UM CÃO DE SERVIÇO

Decidir ter um cão de serviço implica diversas responsabilidades. Antes de preencher o formulário para cadastro no nosso banco de dados e se candidatar para receber um cão da Cão Inclusão, é fundamental que esteja ciente de alguns pontos importantes.

  • Treinamos cães para crianças dentro do espectro autista (até 8 anos);
  • Treinamos cães para cadeirantes;
  • Não treinamos cães-guia, cães ouvintes ou cães de serviço de outras modalidades;
  • Não treinamos cães de intervenção assistida por animais;
  • Não treinamos cães de suporte emocional;
  • Não treinamos o cão da própria pessoa para ser um cão de serviço.

Garantir a qualidade de vida do cão por meio de:

  • Acesso a veterinário para consultas periódicas e sempre que necessário;
  • Vacinação em dia (e registrada na carteirinha), bem como vermifugação e controle de parasitas, conforme orientação veterinária.
  • Alimentação de qualidade, na quantidade e formas adequadas;
  • Bem-estar físico, mental e social, promovidos por atividades diárias;
  • Garantia da segurança do cão dentro e fora de casa.
  • Não vendemos cães treinados. Eles são entregues apenas por meio do nosso processo de seleção;
  • O processo de seleção – da pessoa e da família – é feito em duas etapas: análise da ficha cadastral e entrevista presencial;
  • A escolha é feita com base na compatibilidade entre o cão em formação e os cadastros em nosso banco de dados. Essa análise compreende informações a respeito das características, como traços da personalidade e comportamentos específicos do cão em formação e da rotina e necessidades específicas da pessoa interessada.
  • O preenchimento do formulário de inscrição não garante o recebimento de um cão de serviço.

ATENÇÃO!

ATENÇÃO!

No momento todos os nossos cães estão em fase de treinamento e ainda não entraram no processo de seleção.

O formulário de cadastro de interesse em um cão de serviço fica disponível apenas quando temos um cão pronto para ser entregue. Ou seja, quando encerramos a segunda etapa do processo de formação de um filhote (treinos específicos), abrimos as inscrições para o processo de seleção. Essa informação é amplamente divulgada nas nossas redes sociais e site oficial. Acompanhe para ficar por dentro de tudo o que está acontecendo e seguir as próximas orientações.